Laboratório de Cabeamento¶
Objetivos:¶
- Conhecer os padrões mais utilizados para o cabeamento de rede e aprender a confeccionar um cabo de rede.
- Realizar a configuração física inicial de todos os equipamentos que compõem o kit de trabalho de Cloud Computing.
- Garantir que a infraestrutura física esteja pronta para a próxima etapa: o provisionamento dos servidores via MAAS.
Pré-requisitos:¶
- Leitura prévia sobre Ethernet, com foco nos temas:
[Tanenbaum - Seções 2.2.2 Par Trançado, 4.3.1 Cabeamento Ethernet, 4.3.8 Ethernet de Gigabit].
Visão Geral do Kit de Cloud Computing¶
O seu kit contém os seguintes itens:
- 1 Roteador TP-LINK TL-R470T+
- 1 Switch DLink DSG-1210-28 de 28 portas
- 6 hosts (NUCs)
Passo 1 – Confecção do Cabo de Rede (Patch Cord)¶
Primeiro exercício:¶
Você irá confeccionar um cabo de rede para conectar seu notebook ao ambiente do kit.
Utilizaremos o padrão ANSI/TIA/EIA 568, com a categoria de cabo Cat6.
Resumo das Categorias de Cabos Ethernet:¶
Um resumo das diferenças entre as categorias de cabos Ethernet:
- Categoria 4 (Cat 4):
Suporta velocidades de até 16 Mbps. Pouco comum e geralmente substituído por cabos de categoria superior devido à sua limitada largura de banda.
- Categoria 5 (Cat 5):
Introduziu melhorias significativas na capacidade de transmissão de dados. Suporta velocidades de até 100 Mbps (Ethernet 100BASE-TX). Utilizado amplamente para redes Ethernet 100BASE-TX e também para redes de telefonia e vídeo.
- Categoria 5e (Cat 5e):
"E" significa "Enhanced" (Aprimorado). Melhorias adicionais na capacidade de transmissão e redução da interferência. Suporta velocidades de até 1 Gbps (Gigabit Ethernet) até 100 metros.
- Categoria 6 (Cat 6):
Oferece melhor desempenho e largura de banda em comparação com Cat 5e. Suporta velocidades de até 10 Gbps em curtas distâncias (até 55 metros) e até 1 Gbps em distâncias de até 100 metros. Categoria 6a (Cat 6a):
"A" significa "Augmented" (Aumentado). Melhorias adicionais na capacidade de transmissão e redução da interferência em comparação com Cat 6. Suporta velocidades de até 10 Gbps em distâncias de até 100 metros.
- Categoria 7 (Cat 7):
Introduzido para suportar o padrão 10GBASE-T. Oferece maior largura de banda e imunidade a interferências. Suporta velocidades de até 10 Gbps em distâncias de até 100 metros.
- Categoria 8 (Cat 8):
Projetado para atender às demandas de redes de alta velocidade, como data centers e backbone de rede. Suporta velocidades de até 40 Gbps e 100 Gbps em curtas distâncias (até 30 metros).
Revisão: Protocolo Ethernet¶
O protocolo Ethernet é um dos protocolos mais comuns e amplamente utilizados em redes de computadores. Ele define as regras para a comunicação de dados entre dispositivos em uma rede local (LAN - Local Area Network).
Aqui estão alguns pontos-chave sobre o protocolo Ethernet:
Meio de Transmissão: O Ethernet pode ser usado em diferentes tipos de mídia de transmissão, incluindo cabos de cobre (como o Ethernet de par trançado) e fibra óptica. Isso proporciona flexibilidade na implementação de redes Ethernet em diversos ambientes.
Quadro Ethernet: Os dados são transmitidos em unidades chamadas de "quadros Ethernet". Cada quadro possui um cabeçalho e um trailer, além dos dados propriamente ditos. O cabeçalho contém informações importantes, como endereços MAC de origem e destino, tipo de protocolo e verificação de erros.
Endereços MAC: Cada dispositivo em uma rede Ethernet possui um endereço MAC (Media Access Control) único, que é gravado na placa de rede do dispositivo. Esses endereços são utilizados para identificar os dispositivos na rede e determinar para qual dispositivo os quadros Ethernet são destinados.
Acesso ao Meio: O protocolo Ethernet utiliza um método de acesso ao meio chamado CSMA/CD (Carrier Sense Multiple Access with Collision Detection). Isso significa que os dispositivos verificam o meio de transmissão para detectar a presença de sinais de outros dispositivos antes de iniciar a transmissão. Se ocorrer uma colisão (ou seja, dois dispositivos tentam transmitir simultaneamente), o CSMA/CD é usado para lidar com a situação e tentar retransmitir os dados de forma eficiente.
Padrões Ethernet: O Ethernet evoluiu ao longo do tempo, com diferentes padrões que especificam velocidades de transmissão de dados, tipos de cabos, e outras características. Alguns dos padrões mais comuns incluem Ethernet de 10 Mbps (10BASE-T), Fast Ethernet de 100 Mbps (100BASE-TX), Gigabit Ethernet de 1 Gbps (1000BASE-T), e 10 Gigabit Ethernet de 10 Gbps (10GBASE-T).
Lapidando o Projeto¶
Antes de iniciar a próxima etapa:¶
É obrigatório fazer o "reset" do switch e do roteador do seu kit!
Agora, utilizando o cabo que você confeccionou:
- Conecte seu notebook aos equipamentos (roteador e switch) para configura-los.
Configuração inicial do roteador:¶
- Usuário:
admin
- Senha:
cloud25
+ letra do kit (exemplo: Kit G → senha:cloud25g
) - Altere a rede LAN:
O IP do roteador deve ser configurado como172.16.0.1/20
.
A partir deste momento, o DHCP do roteador começará a distribuir IPs na faixa172.16.0.0/20
.
Configuração inicial do switch:¶
- IP do switch:
172.16.0.2/20
.
Passo 2 – Anotação dos MAC Addresses das NUCs¶
Na parte inferior de cada NUC, localize e anote o MAC Address de todas as máquinas.
Você precisará dessas informações durante a configuração do MAAS.
Identificação dos hosts (da esquerda para a direita):
- main
- server1
- server2
- server3
- server4
- server5
Passo 3 – Conexão Física dos Hosts ao Switch e Roteador¶
Com base na imagem de topologia (primeira imagem deste roteiro):
- Conecte os cabos de rede (pegar os cabos na caixa verde ao fundo do lab) no kit entre:
- Switch
- Hosts (NUCs)
- Roteador
Conclusão desta Etapa:¶
Com o cabeamento pronto e os dispositivos configurados, sua infraestrutura física está finalizada.
Agora você está pronto para seguir para o próximo passo:
Instalar e configurar o MAAS, que fará o provisionamento automático dos servidores bare-metal do seu kit.
👉 Continue para a seção Infraestrutura - MAAS no Roteiro 1.