• Um pouco de historia

Um pouco de história.

O sistema operacional instalado no seu SSD é conhecido como LINUX, mas o termo correto é Ubuntu versão 20.04 o kernal sim, é o GNU/Linux. O kernel é o orquestrador do sistema operacional, ele utiliza uma série de ferramentas para entregar as funcionalidades do sistema. Essas ferramentas foram criadas pelo projeto GNU, idealizado por Richard Stallman.

Ser open source talvez seja a principal vantagem do Linux. O Linux está disponível sob a Licença Pública Geral (GPL) GNU. Isso significa que qualquer pessoa pode executar, estudar, compartilhar e modificar o software. Por isso podemos distribuir cópias personalizadas com as ferramentas usadas pelas matérias do terceiro semestre para vocês sem problemas. O que for modificado também pode ser redistribuído e até mesmo vendido, mas isso deve ser feito sob a mesma licença. O Linux é muito diferente dos sistemas operacionais tradicionais, como Unix e Windows, que são softwares proprietários, fechados e oferecidos em estado final, ele são inalteráveis.

Sabia que existe uma diferença entre Software Livre e Open Source?

Open Source é um código pensado para ser acessado abertamente pelo público, é desenvolvido de forma descentralizada e colaborativa e conta com a revisão e suporte da comunidade. Ele costuma ser mais barato, mais flexível e mais duradouro do que as opções proprietárias, já que é desenvolvido por comunidades, e não por um único autor ou empresa.

O open source é hoje um movimento tecnológico e uma forma de trabalho que vai além da produção de software. Esse movimento usa os valores e o modelo descentralizado de produção do software open source para descobrir maneiras inovadoras de resolver problemas com a colaboração ativa da comunidade.

A ARPANET influenciou a construção de uma comunidade com esses valores. Nas décadas de 1950 e 1960, os profissionais que desenvolviam as primeiras tecnologias de Internet e protocolos de rede de telecomunicação contavam com um ambiente de pesquisa colaborativo e aberto. Na época, a rede Advanced Research Projects Agency Network (ARPANET), que é a base da Internet moderna, incentivava a revisão pelos colaboradores e o processo de feedback aberto. Os grupos de usuários compartilhavam os próprios códigos-fonte e desenvolviam com base neles. Já os fóruns facilitavam as discussões e estabeleciam padrões para a colaboração e comunicação abertas. Quando a Internet surgiu no começo dos anos 1990, sua base já tinha incorporado os valores da colaboração, avaliação por pares, comunicação e transparência.

Um modelo de desenvolvimento open source é o processo usado no projeto da comunidade para desenvolver softwares relacionados. Depois, o software é lançado com uma licença open source, para que todos possam visualizar ou modificar o código-fonte.

Muitos projetos open source são hospedados no GitHub. Lá você pode acessar repositórios ou participar de projetos da comunidade. Alguns dos projetos open source mais conhecidos são Linux®, Ansible e Kubernetes.

Open Source

O nome "software livre" chegou a causar muita confusão. O termo "free" é ambíguo e pode significar "livre" ou "gratuito". Nesse caso, o software não é necessariamente gratuito, mas livre para ser usado. Para resolver a ambiguidade, "software livre" foi substituído por "open source", termo criado por Christine Peterson: "O problema com o nome antigo, não era a conotação política, mas o fato de que atraía novos usuários com uma gratuidade aparente. Foi necessário adotar um termo para enfatizar a questão em torno do código-fonte e não confundir quem acabou de conhecer o conceito."

Christine propôs essa substituição de termo a um grupo de trabalho que era dedicado, em parte, a incentivar práticas de software open source em mercados maiores. O grupo queria mostrar ao mundo que o software ficava muito melhor quando era compartilhado, colaborativo, aberto e modificável. E assim seria possível usá-lo de outras maneiras inovadoras, além de aumentar a flexibilidade, economia e durabilidade sem dependência de fornecedor

No começo de 1998, a Open Source Initiative  (OSI) foi fundada, o que formalizou o termo e estabeleceu uma definição comum no setor. Embora as empresas ainda desconfiassem do movimento open source do final dos anos 1990 ao começo dos anos 2000, ele começou a ser adotado gradualmente na produção de software para se tornar o atual padrão do setor.

A Mozilla Foundation, desenvolvedora do navegador Firefox, abre o código fonte de todos os seus aplicativos, para a modificação e redistribuição. Porém, a Mozilla criou sua própria licença, a  “Mozilla Public License”, que possui a restrição de, caso um programador modifique e redistribua seus aplicativos, eles deverão usar outro nome. Em outras palavras, um Firefox modificado fora da Mozilla Foundation não pode ser chamado de Firefox. Essa política foi adotada para preservar o nome da empresa, visto que cópias modificadas podem ser instaláveis, o que poderia sujar a credibilidade da Mozilla.

O Firefox possui o código aberto para análise,  segue a filosofia da comunidade do código aberto, mas não pode ser considerado como Software livre.

Linux e open source

O Linux é um sistema operacional open source e gratuito, disponibilizado sob a Licença Pública Geral (GPL) GNU. Ele se tornou o maior projeto de software open source do mundo.

O sistema operacional Linux foi criado como uma versão alternativa, gratuita e open source do sistema operacional MINIX, que era baseado nos princípios e design do Unix.

O Linux foi lançado com uma licença open source, que impede restrições ao uso do software. Portanto, qualquer pessoa pode executar, estudar, modificar e redistribuir o código-fonte, ou até mesmo vender cópias do código modificado, desde que façam isso sob a mesma licença.

Software Livre

O software livre é o oposto do software proprietário ou de "código-fonte fechado", que é altamente protegido. Somente os proprietários do código-fonte têm direito de acessá-lo. Não é possível alterar ou copiar legalmente um código-fonte fechado. Além disso, quando o usuário compra o software somente pode usá-lo da forma como foi programado, sem modificá-lo para novas utilizações nem compartilhá-lo com a comunidade.

Voltando ao Richard Stallman, idealizador do projeto GNU, ele é conhecido como um dos principais militantes da idéia de Software Livre, o objetivo do projeto GNU é fornecer ferramentas para construir um sistema operacional totalmente livre, que tenha seu código fonte aperto para leitura, modificação e redistribuição sem restrições. Em um dos textos do Stallman, ele utiliza a seguinte frase: “The enemy is the propetary software”.

Em 1989, foi lançada a GNU GPL (General Public License), que regulamenta o uso do Software Livre. Atualmente, podemos registrar nossos softwares na GPL2 ou GPL3. Em 1998, Stallman criou a Free Software Fondation, uma organização especializada em Software Livre, baseada na GNU GPL.

A  licença GPL prega  que as aplicações registradas com essa patente podem ser lidos, modificados e redistribuídos conforme os quatro conceitos de liberdade listados:

  • Liberdade nº 0 - A liberdade de executar o programa, para qualquer propósito (liberdade nº 0)

  • Liberdade nº 1 - A liberdade de acesso ao código fonte com permissão de leitura e modificações.

  • Liberdade nº 2 - A liberdade de redistribuir cópias do software.

  • Liberdade nº 3 - A liberdade de aperfeiçoar o programa, e liberar os seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade se beneficie dessas melhorias.

Depois de um pouco de história, vamos colocar os dedos no teclado para explorar esse sistema sensacional com o guia-linux