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Lab 11: Assembly

Ao final desse lab você deve ser capaz de:

  1. Usar o simulador gráfico
  2. Fazer pequenas modificações em um código assembly
  3. Executar script de teste do projeto F - Assembly

O uso simulador não é orbigatório. Para programar em Assembly, basta editar os aquivos *.nasm. Mas, o simulador ajuda a verificar o funcionamento do código e a encontrar eventuais erros.

Antes de começar

Toda vez que um novo projeto começar será necessário realizar algumas configurações no repositório do grupo, vocês devem seguir para o documento: Util/Começando novo Projeto e depois voltar para esse lab.

  • Não seguir sem realizar a etapa anterior.

Simulador

Nosso código assembly pode ser executado em hardware de verdade (FPGA) porém nesse primeiro momento iremos trabalhar em um ambiente simulado que nos dará maior facilidade de programação e depuração.

Um pouco de contexto: O livro texto (The Elements Of Computer System) disponibiliza um simulador da CPU original todo escrito em java, esse código é fechado e não permite nenhuma customização. Em 2017 o Prof. Luciano Pereira iniciou a criação de um simulador Z0 (versão anterior) também em Java, onde teríamos controle total do software.

Percebemos alguns pontos negativos de utilizar um simulador em Java sendo o principal: Qualquer alteração no Hardware iria demandar uma alteração no simulador, sendo necessário mantermos dois projetos independentes e sincronizados.

Nesta versão do curso iremos utilizar um simulador que utiliza o nosso próprio código VHDL como descrição da CPU.

As APIS de interface do simulador foram desenvolvidas pelo Prof. Rafael Corsi (vhdl/ tcl/ python) e a interface gráfica pelo Prof. Eduardo Marossi (python/ qt5).

O simulador possui a estrutura ilustrada a seguir:

Simulador

O simulador possui como entradas (para cada simulação): a arquitetura do computador (hardware); o conteúdo da memória RAM o conteúdo da memória ROM e um tempo de execução.

Após o término da simulação é exportado diversos sinais internos da CPU, o estado final da memória RAM e ROM. Esses sinais são então lidos pela interface gráfica e exibida de uma forma amigável, ou usados nos testes.

Arquivos

Temos dois simuladores na disciplina. A interface gráfica de ambos é praticamente idêntica. O que muda é o software que executa a simulação.

O primeiro simulador (desejável usar esse) utiliza python para executar a simulação.

Para inicializar o simulador basta entrar no ambiente virtual nasm e executar o script, utilizando os comandos a seguir:

$ source ~/nasm/bin/activate
$ bits gui nasm

O segundo simulador roda a simulação no software Modelsim e é executado pelo script:

$ ./Z01simulador.py

Interface do Simulador

O simulador possui a interface a seguir, onde a coluna da esquerda é referente a memória ROM (programa), a coluna da direita referente a memória RAM (dados).

Simulador GUI

Toda vez que houver uma alteração em algum dos parâmetros do simulador (RAM/ROM/Instruções,...) o programa será novamente executado no simulador para obtermos um resultado atualizado. Isso pode dar a sensação de "lerdeza" mas lembre da complexidade do sistema: estamos executando um programa em um hardware inteiramente simulado no computador de vocês.

tool

Programando

Abra o simulador e insira o seguinte código nasm (na parte referente a ROM), uma instrução por linha:

 leaw $1,%A         ; carrega a constant 1 em %A
 movw (%A),%D       ; move o valor da RAM[%A] para %D 
 leaw $0,%A         ; carrega a constant 0 em %A
 addw (%A), %D, %D  ; faz RAM[%A] + %D e salva em %D
 leaw $2, %A        ; carrega a constant 2 em %A
 movw %D, (%A)      ; copia o valor de %D para RAM[%A]

Esse código soma o valor que está salvo na memória RAM endereço 0 com o valor da memória RAM endereço 1 e salva no endereço RAM[2]:

RAM[2] = RAM[0] + RAM[1]

mov 1

A operação de movw não 'move' o dado de um lugar para outro, ela copia. O valor no destino não é apagado, por exemplo:

leaw $10, %A
movw %A, %D

Ao final dessas operações os registradores %A e %D possui o valor 10.

labels 2

R0, R1, .., R15, ... são nomes pré definidos de endereços de memória. O R0 indica o endereço de memória 0, R1 o endereço de memória 1 e assim por diante até o R15. O mesmo código pode ser escrito como:

  leaw $R1,%A            
  movw (%A),%D
  leaw $R0,%A
  addw (%A), %D, %D
  leaw $R2, %A
  movw %D, (%A)

Para testarmos esse código será necessário colocarmos valores iniciais na memória RAM para validarmos o nosso código, para isso altere a memória RAM como demonstrado a seguir:

  • Endereço 0 = 5
  • Endereço 1 = 8

Alterando a memória RAM

Executando

  1. Com a memória alterada você pode agora executar a simulação
  2. Verifique se o valor da memória 2 é a soma dos endereços 0 e 1.
  3. Brinque com esses valores...

Treinando

Vamos praticar um pouco agora programar em assembly, no começo parece bem difícil, mas com a prática as coisas vão ficando mais fáceis.

Use o resumo das instruções: AssemblyZ01 para saber as instruções disponíveis.

Altere o código para armazenar o resultado no endereço RAM[5]

Solução
leaw $1,%A
movw (%A),%D
leaw $0,%A
addw (%A), %D, %D
leaw $5, %A        ; <- alterado essa linha para 5!
movw %D, (%A)

Altere o código para armazenar o negativo da operação entre RAM[0] + RAM[1] no endereço RAM[5] (dica: tem uma operação de NEG).

solução
leaw $1,%A
movw (%A),%D
leaw $0,%A
addw (%A), %D, %D
negw %D              ; aqui eu faço %D = - %D
leaw $5, %A        
movw %D, (%A)

Script automático de testes

Além da interface gráfica do simulador, possuímos um script de teste automatizado (similar ao do VHDL). Para isso, abra o terminal na pasta f_Assembly e execute:

$ ./compileALL.py
$ pytest -s

Ele compila os códigos que estão na pasta f_Assembly/src/ para a pasta f_Assembly/bin/hack e executa os testes localizados em f_Assembly/tests/.

Somente os arquivos configurados no config_testes_nasm.txt serão testados.

config_testes_nasm.txt

O arquivo de configuração dos testes é um pouco diferente, possui além do nome do módulo que será testado um segundo parâmetro que indica quantos testes serão executados para esse módulo e quantos microsegundos ele ficará na simulação (microsegundos suposto de um sistema real).

Exemplo do config_testes_nasm.txt

# nome | quantidade de testes | us de execucao
#add 1 1000

Implementando o add.nasm

Os arquivos a serem implementando estão na pasta f_Assembly/src/ lá você vai encontrar todos os códigos fontes que deverão ser feitos nesse projeto.

Tarefa

Edite o arquivo add.nasm realizando a implementação que ele pede no comentário do arquivo (já foi feito nesse lab)

vscode

Abra o arquivo add.nasm no VsCode.

Agora com o módulo implementando podemos testar seu funcionamento. Para isso execute

$ ./compileALL.py
$ pytest -s

Esse script irá compilar o nasm e gerar os arquivos .hack e .mif (salvos no /bin/hack/) que serão carregados no simulador junto com uma configuração inicial da memória RAM (como no gui do simulador), ao término da simulação um arquivo com o estado final da RAM é salvo na pasta /tests/add/add0_end.mif.

Executamos um script que compara o estado final da RAM com o um esperado (add0_tst.mif), em caso de algum erro, o script irá reportar falha.

Se tudo ocorrer bem você deverá ter a seguinte saída :

 - Testando .... 
 -------------------------
 Starting  add0 ....
 pass    add0
 ==== Summary ===================================
+ pass    add teste: 0

Implementando outros módulos

Vamos implementar outros módulos: sub.nasm e mov.nasm. Para cada módulo descomente o teste no config_tests_nasm.txt e leia o que deve ser feito nos comentários de cada arquivo.

Tarefa

  1. Implementar o sub.nasm e testar
  2. Implementar o mov.nasm e testar